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As Aventuras da Blitz (1982)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010



 Eu me lembro bem da primeira vez que os vi, no Fantástico. As gírias, as ironias, a temática adolescente, as referências pop (prestatenção na capa), mensagens subliminares, a conversa de mesa de bar, Fernanda Abreu novinha, bonitinha, e Evandro Mesquita, que com seu jeito Evandro de ser, perpetuado depois em dezenas de papéis na televisão e cinema, esbanjava carisma. Era tudo muito legal, muito diferente! Para quem cresceu ouvindo os discos dos pais (a MPB dos anos 70), não podia haver nada mais libertador, porque era a primeira vez que os jovens se identificavam com uma banda/artista que era só deles.
  

Lembro quando eles cantaram na festa em que o Papai Noel pousava de helicóptero num Maracanã lotado de crianças. Maior energia! Dizem que ao longo do tempo as piadinhas da Blitz ficaram sem graça, repetitivas, chatas...
Acho uma oipinião controversa!
Mas passados quase trinta anos, talvez eu também esteja ficando careta, chata e minhas piadinhas ficando repetitivas. Sem problemas, o que importa é que os meus amigos ainda riem delas e que a Blitz tem seu lugar reservado dentre as bandas que marcaram a minha vida. 

As Aventuras da Blitz

1. Blitz cabeluda. Começa com uma vinheta, tipo Sgt. Pepper’s: “Espero que vocês gostem do disco, assistam o show, vejam o filme e leiam o livro”. Clássico!
2. Vai, vai Love. Fala da gata querendo ir pro Baixo Leblon e o cara argumentando: “Eu disse que não era bom. Acho Leblon-todo-dia, vicia. E você perde a classe, vadia. Desvaloriza o passe maninha”.
3. De manhã (aventuras submarinas). O cara acorda, preguiçoso, sol já alto, e passa o dia sonhando com musas de cinema, enquanto fica de bobeira. Antológica!
4. Vitima do amor. Um rock romântico, cheio de vocais legais.
5. O romance da universitária otária. De versos antológicos: “Era boa em línguas, mas não sabia beijar”; “Ser ou não ser, o que será que serei, o que será que eu vou ser”; “Eu não queria falar, mas agora vou dizer: todo mundo quer ir pro céu, mas ninguém quer morrer”.
6. O beijo da mulher aranha. Nada especial, mas me amarro nela, acho que pela melodia, os vocaizinhos, sei lá.
7. Totalmente em prantos. “Todo vestido bonitinho e não tenho onde cair. E sem nenhum lugar pra ir”.
8. Eu só ando a mil. Começa com uma vinhetinha, também: “Vocês ouvirão um som que abalará toda uma geração tchanraaammm Um som que marcará toda uma época. Vocês verão Blitz no melhor papel de sua carreira. Blitz amando, sofrendo, chorando e tocando como jamais alguém ousou tocar em toda história do seu rádio, vitrola ou gravador”. Perfeito! Uma das minhas preferidas.
9. Mais uma de amor. Mega sucesso! “Essa é mais uma daquelas manjadas estórias de amor que já aconteceram comigo, com você e com todo mundo”. A do geme-gemiiiiiiiii, uuuuuuuuuu!!!
10. Volta ao mundo. Boba, mas era engraçada. “Eu e meu amigo Julio. Julio, o tal do Verne. Dando a volta ao mundo”.
11. Você não soube me amar. “Sabe essas noites que você sai caminhando sozinho, de madrugada, com a mão no bolso, na ruuuuuaaaa”. Precisa falar mais?
12. Ela quer morar comigo na lua. O disco ainda tinha isso, duas músicas censuradas por causa de palavrões. Era a glória! No vinil, as duas últimas músicas vinham arranhadas, pra gente não poder ouvir. E essa nem sei por quê. Talvez porque falava “bundando”. Aliás, arranhadas não. As faixas eram grotescamente riscadas com prego, sei lá... Só sei que era beeeem riscadas mesmo.
13. Cruel, cruel, esquizofrenético blues. Essa é a outra censurada. Fala de brilho... nos olhos. E da empregada que pegou no peru do marido. No peru de Natal, lógico. Tá, tudo bem, lá pelas tantas rola um “puta que pariu”.


Blitz - comercial Shampoo Wella Seleção - 1982


Blitz - "Mais uma de amor" (geme, geme) - 1982


Bjks,
Ly Lauper

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